segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Condições óptimas de fossilização

O conjunto de fenómenos físicos, químicos e biológicos que permite a formação de fósseis, denomina-se fossilização. Contudo, para que estes fenómenos ocorram em conjunto devem verificar-se condições específicas, umas inerentes ao meio, como o tipo de depósito e outras inerentes ao ser vivo.
Nas condições específicas inerentes ao meio para a formação de fósseis, destaca-se a necessidade que após a morte do ser vivo sobre ele se forme um depósito que o isole do meio impedindo a sua destruição. A qualidade do depósito que recobre o ser é também condicionante da fossilização. Quanto mais fino e impermeável for o depósito tanto mais fácil será a fossilização. É uma das razões por que há mais fósseis marinhos e lacustres que terrestres. As temperaturas baixas e o clima seco, impedindo as acções microbianas, também facilitam a fossilização.
Nas condições inerentes ao ser vivo destaca-se a riqueza de substâncias minerais que o constituem, tais como a sílica, os sais de cálcio, etc. Os ossos, dentes e conchas fornecem os melhores fósseis. As unhas, pêlos, penas, chifres, etc., constituídos por uma substância orgânica, a ceratina, raramente se conservam. As partes moles só em casos excepcionais deixam impressões reconhecíveis. Há fósseis em que devido a uma acumulação de circunstâncias (gelo, âmbar, etc.) todo o ser vivo se conserva.

Fonte: http://www.infopedia.pt/$condicoes-de-fossilizacao

Tipos de fossilização

De acordo com as condições do ser vivo e do meio, podem ocorrer diversos tipos de fossilização. Podemos classificar, simplificadamente, estes processos em três grupos:
Moldagem - as partes duras dos organismos acabam por desaparecer deixando nas rochas as suas marcas (impressões).
Mineralização - os materiais originais que compõem o ser vivo são substituídos por outros mais estáveis.
Conservação - o material original do ser vivo conserva-se parcial ou totalmente nas rochas ou em outros materiais.


Fonte: http://fossil.uc.pt/pags/formac.dwt

Métodos de datação físicos e geofísicos

A geocronologia é a ciência que utiliza um conjunto de métodos de datação usados para determinar a idade das rochas, fósseis, sedimentos e os diferentes eventos da história da Terra.
Uma larga variedade de ferramentas ou métodos geocronológicos podem ser empregados para estimar quantitativa ou qualitativamente a datação de rochas e sedimentos. Existem técnicas para datar todos os materias geológicos, de bilhões de anos a registros históricos:
A datação pela série U é o mais confiável método para datar o Quaternário (os últimos 2 milhões de anos), carbonato e sílica sedimentares, e material fóssil.
A datação do Quaternário provê um registro de mudanças climáticas e geologicamente recentes mudanças no meio ambiente.
A geocronologia por U-Pb de zircão, baddeleyita, e monazita é usada para determinar a idade de disposição de rochas ígneas de todas as composições, na faixa de idade do Terciário (últimos 65 milhões de anos) ao Arqueano Inicial (3,8 bilhões de anos).
Datação por U-Pb de minerais metamórficos, tais como zircão, titanita e monazita são usados para datar eventos térmicos, incluindo impactos meteoríticos terrestres, e para determinar histórias termocronológicas de terrenos.


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Geocronologia

Relógios paleontológicos

Através dos dados da litostratigrafia, podemos correlacionar determinados acontecimentos geológicos ocorridos numa dada região. No entanto, quando queremos correlacionar determinado tipo de formações geológicas com outras muito afastadas geograficamente, apenas com base nos dados relativos as suas caracteristicas litológicas, estes tornam-se insuficientes.
A biostratigrafia pode ser considerada uma ciência de fronteira entre a estratigrafia e a paleontologia, tendo como principal objectivo o estudo temporal dos fósseis existentes no registo estratigráfico.
Os fósseis que permitem ao geólogo estabelecer com precisão o periodo de tempo correspondente a um determinado acontecimento são denominados fósseis indicadores estratigráficos, caracteristicos ou de idade.
O principio da identidade paleontológica admite que estratos que possuam o mesmo registo paleontológico são da mesma idade.
Quando um conjunto de camadas apresenta quer verticalmente, quer lateralmente um conteudo fóssil específico susceptível de as individualizar das demais, dizemos que se trata de uma biozona.

Principios litostratigráficos fundamentais

No sentido de se determinar uma ordem cronológica para uma dada sequência de acontecimentos, muitos investigadores procuraram estabele­cer um conjunto de métodos de datação "relativa" que, embora na actuali­dade possam parecer óbvios, na altura em que foram enunciados constituí­ram importantes avanços ao nível do conhecimento geológico.
A descrição da sucessão de estratos através das suas relações genéticas e a sua interpretação constituem dois dos principais fundamentos da estratigrafia.
Pode considerar-se Nicolaus Steno como o verdadeiro fundador da estratigrafia; a partir das bases por ele criadas, muitos princípios básicos da estratigrafia foram sendo enunciados, permitindo estabelecer uma crono­logia relativa de acontecimentos materializados num dado afloramento.
A litostratigrafia baseia o seu estudo em cinco princípios fundamentais: da horizontalidade da sobreposição, da hori­zontalidade, da continuidade lateral, da intersec­ção e da inclusão.

Relógios sedimentológicos

A litostratigrafia é uma subdisciplina da estratigrafia que tem por finalidade a descrição e organização sistemática das rochas da crusta terrestre, assim ela procura estudar a evolução geológica de uma dada região, atraves da caracterização de um conjunto de materiais que ai podem ser individualizados, tendo em conta as suas características litológicas, independentemente da sua idade.
Os fósseis que podem estar presentes num determinado estrato são encarados segundo a perspectiva de um estudo litostratigráfico como partículas que servem para definir o corpo rochoso e não têm qualquer significado na datação dessa rocha. No estudo litostratigráfico são definidas unidades litostratigráficas que são estabelecidas a partir das caracteristicas litológicas macroscópicas e paleontológicas dos materiais geológicos estudados. No trabalho  de campo, a unidade litostratigrafica formal que é tida como a base da classificação litostratigráfica é a formação. Esta unidade litostratigráfica corresponde a um estrato ou a uma sequência de estratos que apresentam caracteristicas litológicas, identificadas quer ao nivel de um afloramento, quer através de uma sondagem, sendo, deste modo, susceptivel de ser individualizada das que lhe são contiguas. Uma formaçao deve apresentar continuidade lateral e extensao geografica abranjente para poder ser cartografada, por exemplo, através de levantamentos a escala 1/25000.


Bacias sedimentares

As bacias sedimentares são depressões da superfície terrestre formadas por abatimentos da litosfera, nas quais se depositam, ou depositaram, sedimentos e, nalgumas situações materiais vulcânicos.
Estas podem ser de vários tipos, de acordo com as causas da sua formação e destacam-se as frontais, que se localizam à frente de uma cadeia montanhosa ou de um arco de ilhas vulcânicas, que são o resultado da convergência de placas que obriga à flexão e afundamento da litosfera; as de retroarco localizam-se entre o arco de ilhas vulcânicas e o continente, pois resultam da formação de cadeias montanhosas; as de estiramento resultam da distensão da litosfera devido à actuação de forças tectónicas distensivas e um exemplo destas são os riftes; por último, existem as bacias sedimentares que resultam do arrefecimento da litosfera, pois este provoca um aumento da densidade das rochas e a sua subsidência.
O registro sedimentar dessas áreas é geralmente composto por um espesso pacote sedimentar no seu interior, o qual diminui de espessura ao se aproximar das bordas da bacia e apresentam camadas de rochas que mergulham da periferia para o centro.
As bacias sedimentares preservam um registro detalhado do ambiente e dos processos tectônicos que deram forma à superfície da Terra através do tempo geológico. Também servem como importante repositório de recursos naturais, tais como água subterrânea, petróleo e recursos minerais diversos.



Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bacia_sedimentar

Riftes continentais

Segundo Mataeur (1976), denominam-se riftes as grandes depressões de origem tectónica que sulcam grandes extensões da crosta terrestre. O seu estudo foi altamente implementado quando se começou a aplicar o conceito de tectónica de placas à investigação da sua génese e significado. Inicialmente, o termo rifte aplicou-se a uma série de fendas situada na zona este-africana, em que se formaram os grandes lagos (Alberto, Eduardo, Niassa, Tanganica, etc.). Com o avanço dos estudos oceanográficos pôde comprovar-se que, além dos riftes continentais (rift valleys continentais), existem outros, situados na parte central das grandes dorsais oceânicas, com características comuns e com os quais foi possível estabelecer relações de natureza geológica e geofísica.
Considera-se que as placas interiores, ao tornarem-se geologicamente activas, devido às correntes de convecção geradas na astenosfera terrestre, geraram movimentos de distensão que dividiram as placas iniciais em duas ou mais placas de menor tamanho, separadas por uma depressão - o rifte.


Fonte: http://www.infopedia.pt/$rifte

Arcos insulares intra-oceânicos

Arcos insulares são conjuntos de ilhas, a maior parte das vezes vulcânicas, que se distribuem num ou mais alinhamentos curvos formando arcos com a cavidade geralmente voltada para o largo.
Como uma grande parte da actividade sísmica e vulcânica mundial ocorre nestas zonas, são considerados elementos essenciais das zonas de geodinâmica activa do globo terrestre.
A repartição dos arcos insulares praticamente coincide com as grandes cinturas orogénicas, onde se continuam a formar as grandes cadeias montanhosas. O arco insular mais conhecido é o arco japonês, que pertence à cintura peripacífica. Os outros arcos insulares pertencem à cintura denominada Tetiniana, cujo nome deriva do mar de Tétis, hoje desaparecido. Nestas cinturas encontram-se os arcos das Antilhas, no limite do Oceano Atlântico com o Mar das Caraíbas, os arcos tirreno e egeu no Mar Mediterrâneo, o arco da Indonésia no Oceano Índico e o arco das Sandwich do Sul no Atlântico Central. Muitas ilhas, vulcânicas ou não, constituem arcos insulares, pois encontram-se na plataforma continental, que prolonga as estruturas e, por vezes, o vulcanismo do continente vizinho. É o caso das ilhas Canárias, ao largo da costa marroquina. As ilhas intra-oceânicas podem não formar arcos insulares, como acontece nas ilhas de Hawai, Polinésia, Açores e Santa Helena. Estas ilhas intra-oceânicas apresentam um vulcanismo basáltico, e não um vulcanismo andesítico, que é o que caracteriza os arcos insulares.
A formação dos arcos insulares está ligada à subducção oceânica que se encontra separada dos bordos continentais por um mar marginal. Algumas vezes, os arcos insulares existem em pleno domínio oceânico. É o caso do arco das ilhas Tonga - Kermadec, no Sudoeste do Oceano Pacífico. Um arco insular existe sempre sobre um plano sísmico, denominado de Benioff, sobre o qual se encontram focos sísmicos, que podem atingir a profundidade de 700 quilómetros, e que corresponde ao prolongamento da placa oceânica sob o arco insular.
Um arco insular apresenta como elementos estruturais uma fossa ao nível da qual se produz a subducção; um arco frontal vulcânico, cujo vulcanismo é recente (alguns milhões de anos) do tipo andesítico que se apoia sobre terrenos mais antigos, sedimentares, metamórficos e magmáticos, e uma bacia marinha que pode evoluir para um mar marginal de dimensão, mais ou menos significativa. O mar marginal, em geral, limita o continente vizinho.
Os arcos insulares actuais não são mais que um estádio numa evolução que conduz à formação de cadeias de montanhas.